domingo, 28 de agosto de 2011

EAD NÃO É SINÔNIMO DE BAIXA QUALIDADE

  Toda mudança gera insegurança nas pessoas de modo geral. Portanto, logicamente com o processo de EAD não seria diferente. Toda novidade, justamente, por ser "lançamento" causa desconfiança. No caso da EAD, não só a comunidade como um todo, mas os próprios docentes possuem, em grande maioria, preconceito quanto ao assunto. Atrelando, deste modo, a modalidade à falta de qualidade. Todavia,
o preconceito em relação a qualquer assunto está muito relacionado com falta de conhecimento e resgates culturais.

  A modalidade EAD, mesmo já existindo na Europa com muito sucesso e existindo pesquisas demonstrando inclusive que alunos de EAD tiveram melhores avaliações que alunos na modalidade presencial segundo o ENAD, é a novidade na educação e , portanto, ocasiona repulsa, principalmente, dos docentes mais estabilizados no regime presencial. Estes sentem-se ameaçados pela tecnologia, certamente, por terem que se reinventar.

  É difícil aceitar que tem que mudar, quando você aprendeu a lecionar de uma forma e até, então, estava resultando em um bom trabalho. O mesmo ocorreu na área da imprensa e da publicidade com a implementação da informática e da internet. Grandes artistas tiveram que aprender a utilizar os softwares para exercer sua função. A questão é que a genialidade não estava no traço, mas na ideia.  
      
  Isso vai ocorrer também na educação, o professor tem que aprender a utilizar as novas tecnologias, mas jamais vai ser substituído pelas mesmas ou por candidatos mais novos que entendam mais de tecnologia. Não são as máquinas que detêm o conhecimento, mas as pessoas.

  O conteúdo do EAD é o mesmo ou até melhor que no ensino presencial, visto que acaba sendo mais atualizado e em maior quantidade. Por isso, não é a modalidade de ensino que demonstra sua qualidade, mas a instituição (marca) e professores que desenvolvem o material e que interagem com seus alunos. Além, logicamente, do aluno ser peça fundamental no processo de aprendizagem. Visto que, os teóricos serão estudados da mesma forma, independente, da modalidade.



 E a interação existirá até com maior força, uma vez que o "anonimato" que a tecnologia propicia incentiva a maior participação do aluno, visto o "boom" das redes sociais. Além, também, do aluno se sentir mais coagido a realizar plágios virtuais, problema crescente nas instituições em geral, justamente por saber que os docentes e colegas virtuais dominam mais a visualização dos conteúdos.

  Então, relacionar a baixa qualidade a uma modalidade educacional demonstra falta de conhecimento. Já que a tecnologia apenas facilita o acesso à informação e não o seu aprendizado. Na realidade é uma adaptação a esta correria imposta pela globalização e pelo mercado de trabalho. Uma vez que, o aluno de EAD tem que ter um perfil mais autodidata e saber otimizar seu tempo.  EAD não é uma "marca genérica", mas uma modalidade educacional mais democrática das mesmas "marcas institucionais". É, portanto, a mesma educação de qualidade com o preço mais justo.


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